Quase 35 milhões de brasileiros (34,8 milhões) não contavam com serviço de rede coletora de esgoto em 2008, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse número corresponde a 18% da população. O dado, divulgado nesta sexta-feira (20), faz parte da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, realizada no segundo semestre de 2008, em parceria com o Ministério das Cidades.
O estudo pretende avaliar os serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de águas pluviais e manejo de resíduos sólidos nos municípios brasileiros, através das atuações dos órgãos públicos e empresas privadas. Foram considerados 5.564 municípios. Atualmente, o país tem 5.565 municípios. Em 2008, segundo o IBGE, não foi contabilizada a cidade de Nazária, no Piauí.
O levantamento nacional mais recente sobre saneamento básico no Brasil havia sido realizado em 2000. A comparação entre os dados de 2000 e 2008 aponta, segundo o instituto, a evolução do atendimento de saneamento. Ainda assim, dos aspectos investigados, o serviço de esgotamento sanitário por coleta de esgoto é o que apresenta os piores índices.
Além da rede coletora de esgoto, que é a forma mais adequada de esgotamento, as principais alternativas para cidades que não contam com o serviço são fossas sépticas, fossas rudimentares, fossas secas, valas a céu aberto e lançamento em corpos d'água.
Entre os municípios, pouco mais da metade (55,2%) tinha serviço de esgotamento sanitário por rede coletora. O serviço falta em 2.495 municípios pelo país, o que corresponde a 44,8% do total.
De acordo com o levantamento, em 2008, o Nordeste era a região onde a falta de rede coletora de esgotamento sanitário era mais grave, atingindo 15,3 milhões de habitantes. A situação era mais complicada nos estados da Bahia, Maranhão e Piauí.
De acordo com o levantamento, em 2008, o Nordeste era a região onde a falta de rede coletora de esgotamento sanitário era mais grave, atingindo 15,3 milhões de habitantes. A situação era mais complicada nos estados da Bahia, Maranhão e Piauí.
As únicas Unidades da Federação com mais da metade dos domicílios atendidos por rede coletora de esgoto foram Distrito Federal (86,3%), São Paulo (82,1%) e Minas Gerais (68,9%). As menores proporções ficaram com os estados do Amapá (3,5%), Pará (1,7%) e Rondônia (1,6%).
Segundo dados do Censo Demográfico 2000 e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2008, o Brasil dispunha de 47,8 milhões de domicílios particulares permanentes, em 2000, e de 57,7 milhões de domicílios particulares permanentes, em 2008.