quinta-feira, 10 de junho de 2010

DIRCEU NA COORDENAÇÃO DE DILMA


O ex-ministro José Dirceu participou nesta quarta-feira da reunião de coordenação da campanha petista de Dilma Roussef, realizada do escritório administrativo da campanha, no subsolo do Hotel Brasília Imperial, no Setor Comercial Sul, a poucos metros do local onde será instalado o comitê da candidata, a partir de 6 de julho. Dirceu chegou e saiu pela garagem, evitando a imprensa. Participou, ainda, da reunião o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.

A presença dele na reunião chama a atenção pelo esforço dos petistas em torná-la a mais discreta possível. Alguns dos integrantes chegam a tentar negar a presença de Dirceu na reunião. Outros preferem dizer que não se lembram do que ele teria dito no encontro que durou mais de duas horas.

– Acho que ele falou de uma agenda da candidata em Santa Catarina – disse um dos presentes, depois de tentar desconhecer a presença do ex-ministro na reunião.

José Dirceu tem frequentado Brasília semanalmente em encontros com petistas e coordenadores da campanha de Dilma Roussef. Sua ação tem sido sempre discreta, distante de holofotes e com tentativa de evitar encontros com a imprensa. Há duas semanas, ele esteve na cidade para tentar reduzir os atritos entre petistas dentro da campanha. Agora, ele chega às vésperas de reunião do diretório nacional do PT, do qual faz parte, para tratar dos acertos finais das alianças nos Estados – uma das pendências é o Maranhão da família Sarney – e também três dias antes da convenção nacional que vai oficializar a candidatura de Dilma Roussef.

Também participaram da reunião, os integrantes habituais da coordenação da campanha como os deputados Antonio Palocci e José Eduardo Cardozo; o Chefe de Gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho e o presidente do partido, José Eduardo Dutra. A reunião aconteceu logo depois do encontro dos comandos do PMDB e do PT em que Michel Temer, candidato a vice na chapa de Dilma, entregou a proposta de programa de governo do PMDB ao PT. Diante dos jornalistas, a preocupação dos dirigentes dos dois partidos foi mostrar que mesmo com pontos de vista diferentes em alguns temas, os dois partidos iriam buscar o consenso.

– O programa de governo não será o do PMDB, o do PT ou dos outros partidos da aliança. Mas a compilação de todos eles – disse Temer, com a concordância de Dutra.

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