sexta-feira, 11 de junho de 2010

BOMBA NO PT, NEM VELAS, NEM “PAJELANÇA” NEM PAI DE SANTO DEU JEITO




PT REVOGA DECISÃO DE DIRETÓRIO ESTADUAL E APROVA APOIO A ROSEANA

Diretório Nacional aprovou aliança com PMDB-MA por 43 votos a 30.‘Ela foi líder do governo no Congresso’, argumentou ministro sobre apoio.

Por 43 votos a 30, o Diretório Nacional do PT decidiu nesta sexta-feira (11) apoiar a candidatura à reeleição da governadora Roseana Sarney no Maranhão. A decisão ocorre momentos depois de a cúpula partidária ter revogado, por 40 votos a 30, a decisão adotada no encontro do diretório petista do Maranhão, que decidiu apoiar a candidatura do deputado Flávio Dino (PCdoB) ao governo maranhense, contra Roseana. Houve apenas duas abstenções de militantes de Minas Gerais.
A decisão da cúpula petista enquadra movimento de lideranças estaduais do partido que trabalhavam pela aliança com o PCdoB. Mais cedo, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, deu o tom da reunião ao analisar o impasse no Maranhão. “Roseana abre o palanque integralmente e assume integralmente a candidatura da Dilma. É um palanque de 2 a 2,5 milhões de votos”, analisou Padilha.
No dia 27 de março, o PT maranhense realizou um encontro estadual que decidiu pelo apoio ao candidato do PCdoB. A decisão foi de encontro com a orientação nacional, que previa a aliança com PMDB em torno de Roseana e da candidatura de Dilma ao Palácio do Planalto.
Para Padilha, a intervenção no diretório estadual do Maranhão foi necessária porque o estado é importante: “Tem 4,5 milhões de votos.” Padilha lembrou que o apoio a Roseana tem relação com o seu passado de apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: “Ela foi líder do governo no Congresso.”
Repercussão

Tão logo terminou a reunião do Diretório Nacional do PT, em Brasília, o deputado Domingos Dutra postou no Twitter comentário revoltado contra a decisão: “Acabaram de consumar o estupro contra a ética, a decência, para favorecer o crime organizado.”
Também pelo microblog, o próprio candidato do PCdoB, Flávio Dino, comentou a decisão dos petistas: “O PT resolveu apoiar o grupo Sarney, retirando o apoio à aliança PCdoB/PSB. Nada a dizer. Que fale o povo do Brasil e do Maranhão.”

PRÉ-CAMPANHA DE DILMA PAGA EQUIPE POR MEIO DE NOTAS FRIAS, DIZ JORNAL


NOTAS SÃO EMITIDAS POR MICROEMPRESA QUE FICA NUM APARTAMENTO RESIDENCIAL. PRÁTICA PODE REPRESENTAR SONEGAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.

Jornalistas e técnicos que trabalham na pré-campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República são remunerados por meio de notas fiscais frias emitidas por uma microempresa sem funcionários, cuja sede fica num apartamento residencial. Segundo reportagem publicada nesta sexta (11) pelo jornal "Folha de S.Paulo", as notas são emitidas pela Cinco Soluções.
Segundo o jornal, a empresa Cinco Soluções foi aberta em 3 de março em nome de Jeová Alves de Sousa Jr., 27, que disse trabalhar no meio publicitário, em nome da Lanza Comunicação, do jornalista e consultor Luiz Lanzetta. Ele foi afastado da pré-campanha na semana passada, em meio à suspeita de produção de um dossiê contra José Serra (PSDB). A Lanza havia sido contratada pelo diretório nacional do PT para fazer a campanha de Dilma.
Um grupo de 36 pessoas trabalha para a Lanza em uma mansão alugada no Lago Sul, em Brasília, nas áreas de imprensa e internet da pré-campanha de Dilma. Produzem textos, acompanham a petista em viagens e eventos e alimentam o site. A maior parte desses profissionais recebe entre R$ 7.500 e R$ 11 mil mensais. Eles não mantêm vínculos empregatícios com a Lanza. Para efetuar a maioria dos pagamentos, a empresa recebe notas fiscais da Cinco Soluções, de acordo com a reportagem.
Sem secretária ou placa indicativa e com capital social de R$ 5.000, a Cinco Soluções é sediada na casa da mãe de Sousa Jr., um apartamento de 40 m2, no Gama, cidade-satélite a 35 km de Brasília. Segundo a Folha, em troca do recebimento das notas, os jornalistas pagam à Cinco Soluções 5% do valor da nota, emitida como serviço de jornalismo em nome da Lanza. Com as notas, a Lanza justifica seus gastos. A triangulação das notas pode representar sonegação de contribuição previdenciária.
Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa da pré-campanha de Dilma informou que não se manifestará sobre o tema. Ainda segundo a assessoria, o contrato entre o PT e a Lanza está em processo de rescisão.

COMITÊ DO PT USA NOTAS FRIAS PARA PAGAR SUA EQUIPE


A pré-campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT) remunera jornalistas e técnicos por meio de notas fiscais frias, emitidas por uma microempresa sem funcionários, cuja sede fica num apartamento residencial, informa reportagem de Rubens Valente, publicada nesta sexta-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).
As notas são emitidas pela Cinco Soluções, aberta em 3 de março em nome de Jeová Alves de Sousa Jr., 27, que disse trabalhar no meio publicitário, em nome da Lanza Comunicação, do jornalista e consultor Luiz Lanzetta. A Lanza é contratada pelo diretório nacional do PT, em Brasília.
Sousa Jr. negou que sua empresa funcione como simples emissora de notas fiscais. Disse que faz para a Lanza "revisão de textos jornalísticos" e, para tanto, contrata colaboradores, cujos nomes preferiu não revelar.
OUTRO LADO
A explicação de Sousa Jr. contradiz afirmações feitas pelo dono da Lanza, Luiz Lanzetta. Por telefone, de Buenos Aires, disse que não conhece a Cinco ou Jeová. "Quem é o cara? Não conheço, nunca ouvi falar."
Ele confirmou que os funcionários que trabalham para a Lanza no Lago Sul não têm registro em carteira oucontratos como autônomos.
"Não estou contratando ninguém em carteira [de trabalho]", disse, por conta do "curto espaço" de tempo da pré-campanha, mas "tem que ter uma formalização".
"Todo mundo que tem que receber, tem que formalizar a relação. Não pago ninguém sem nota", disse.
A "formalização" seria a apresentação de nota fiscal de pessoa jurídica. Contudo, afirmou, "só não pode ser uma nota fria".
Indagado sobre o que seria uma nota fria, respondeu: "Comprar nota de empresa que não existe... Empresas que vendem notas, por aí".
Procurado, o diretório nacional do PT não respondeu às perguntas da Folha até a conclusão desta edição.
LANZA
O jornalista e consultor Luiz Lanzetta pediu semana passada o desligamento da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT) a presidente. A sua empresa, a Lanza, era usada pelo PT para contratar a maioria dos integrantes da equipe de comunicação Dilmista.
Ele pediu o afastamento depois de ler uma entrevista do delegado aposentado da Polícia Federal Onézimo Sousa à revista "Veja", acusando-o de ter proposto a montagem de um esquema de espionagem contra tucanos, Lanzetta oficializou sua saída enviando uma carta a Helena Chagas, coordenadora da assessoria de imprensa de Dilma.