quarta-feira, 24 de junho de 2009

NEPOTISMO: GOVERNO ROSEANA SARNEY EMPREGA DEZENAS DE PARENTES DAS FAMILIAS SARNEY / MURAD E DE ALIADOS POLITICOS.


Não é só no Senado que a família Sarney sustenta parentes e amigos. No Governo do Estado, basta um rápido levantamento para se descobrir dezenas de parentes, resultados da união Sarney/Murad, informa o blog do jornalista Raimundo Garrone.Ainda há os aparentados de secretários de estado, como Gastão Vieira, que conseguiu nomear a irmã, a cunhada e a filha em cargos de confiança.Dos aliados políticos, como Paulo Marinho, que conseguiu empregar o filho a irmã.Dos representantes da Justiça, como o desembargador Jorge Rachid, que tem filho e irmãos em postos elevados do governo.E até mesmo de membros do Tribunal de Contas, como o conselheiro Yedo Lobão, que empregou a irmã e dois sobrinhos.Muitos dos graus de parentescos levantados pelo blog podem até mesmo escapar a súmula do STF que proibiu a prática de nepotismo no serviço público, mas não deixa de ser vergonhoso, quando se sabe que a maioria desses “empregos” é resultado de troca de favores, e poucos devem trabalhar efetivamente nos cargos a que foram nomeados.Evidente, que existem as exceções, onde embora parente, o nomeado possui competência para tal.Na lista que publicamos logo abaixo, o blog não conseguiu definir o grau de parentesco de todos os citados, e espera a contribuição do leitor para fazê-lo.Como também para corrigir algum equívoco de nomes que coloco como parente, sem necessariamente sê-lo.Há ainda outras listas, como a dos parentes do secretário de segurança, Raimundo Cutrim, que serão posteriormente publicadas, pois ainda depende da confirmação de alguns graus de parentescos.
FONTE: Leia a lista e o respctivo grau de parentesco no blog do Garrone.

SARNEY DEMITE DOIS DIRETORES DO SENADO E MANDA DISTRIBUIR RELATÓRIO COM ATOS SECRETOS E AOS JORNALISTAS


Brasília - O presidente do Senado, José Sarney, anunciou nesta terça-feira (23), em Plenário, as decisões tomadas pela Mesa-Diretora, após reunião realizada hoje. Segundo Sarney, a Mesa decidiu divulgar os atos que não haviam sido publicados nos últimos 15 anos - o que foi feito imediatamente, quando a 1ª Secretaria distribuiu aos jornalistas o relatório produzido pela comissão que investigou o assunto e um CD contendo todos os atos de 1995 a 12 de junho de 2009. Também foi decidida a substituição do diretor-geral do Senado, José Alexandre Gazineo e do diretor de Recursos Humanos, Ralph Siqueira. Seus cargos serão ocupados, respectivamente, por Haroldo Tajra e Dóris Peixoto.
O presidente disse que na próxima semana os senadores devem definir uma nova sistemática para escolha do diretor-geral. Já foram apresentados dois projetos tratando da questão: um do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), estabelecendo um mandato de dois anos, renovável por mais dois, para o cargo; e outro do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), determinando que a escolha do diretor-geral deva ser referendada pelo Plenário.
De acordo com Sarney, a Mesa decidiu também solicitar ao Tribunal de Contas da União (TCU) auditoria sobre a folha de pagamentos dos servidores e sobre os contratos assinados pelo Senado. Além disso, será feita a unificação dos contracheques dos funcionários com a discriminação de todas as rubricas.
Também foi decidido revogar o ato que concedeu auxílio médico vitalício aos diretores-gerais e aos secretários-gerais da Mesa que exercerem a função por pelo menos dois anos. Esse ato havia sido editado em 2000. Por fim, foi confirmada a criação do portal da transparência, com informações sobre o que ocorre no Senado.
Relatório
A 1ª Secretaria do Senado distribuiu à imprensa cópias do relatório final sobre os atos secretos produzido pela comissão especial que investigou o assunto. Também foi distribuído CD contendo todos os boletins administrativos de pessoal (BAPs) desde 1995 até 12 de junho de 2009.
De acordo com o relatório, “a Comissão conclui que a ausência de publicação pode ter sido originada de simples falha humana, erros operacionais, deficiências na tramitação e na publicação dos atos. Todavia, o uso indiscriminado de boletins suplementares, entre os quais 312 não publicados, contendo 633 atos, que integram o presente relatório, e os demais documentos e fatos examinados pela Comissão constituem indícios de que tenha havido deliberada falta de publicidade de atos, o que recomenda a abertura imediata de sindicância visando à apuração de responsabilidade”.
Motivação
Já o senador Papaléo Paes (PMDB-AP) chamou a atenção em discurso da Tribuna para a possibilidade de o governo federal auferir ganhos eleitorais com o desvio do foco de interesse da imprensa da CPI da Petrobras para as denúncias de irregularidades no Senado.
- Acabou a CPI da Petrobras. Trabalharam muito direitinho, e acabaram com a CPI - disse o senador.
Papaléo afirmou que 87% da população queriam a instalação da CPI, observando que, se for feita uma pesquisa agora, o resultado será diferente.
- [A população] Quer ver é isso que está acontecendo dentro do Senado. Então, acabou a possibilidade de se descobrir onde existe corrupção na Petrobras para manter caixa dois para os candidatos do Partido dos Trabalhadores - afirmou.
Em seu pronunciamento, ele defendeu ainda a necessidade de implementação de uma ampla reforma administrativa no Senado, a ser proposta por especialistas em administração pública.