terça-feira, 12 de abril de 2011

Especialista da Colômbia e Itália mostram experiências de seus países em Defesa Civil

Brasília - Cerca de 1.500 pessoas dentre autoridades, bombeiros, militares das forcas armadas, agentes municipais, cientistas, administradores públicos, coordenadores estaduais, municipais e profissionais do Sistema Nacional da Defesa Civil participam do segundo dia do Seminário Internacional sobre Gestão Integrada de Riscos e Desastres. Realizado pela Integração Nacional, em parceria com o Banco Mundial, o evento é uma troca de experiências internacionais com o intuito de aprimorar e adequar o Sistema Nacional de Defesa Civil Brasileiro. Na manhã desta terça-feira (12/04), o engenheiro colombiano e, doutor em Gestão Integral de Riscos, Omar Dario Cardona, abriu sua palestra exibindo os principais desastres que afetaram a Colômbia como o Terremoto de Popayán em 1983, Monserat no Caribe em 1997, El Salvador em 1991. “E o questionamento que faço é o seguinte: em quanto poderíamos aumentar porcentagem de vidas salvas com o uso de tecnologia mais eficazes?” Outro ponto destacado pelo especialista foi à distinção entre risco e desastre. “Risco significa a possibilidade que um evento perigoso aconteça. Há uma predisposição a susceptibilidade que os elementos opostos possam ocorrer. Já o desastre é um problema do desenvolvimento como elemento ambiental, ou sócio-natural”, explicou. Itália – Na sequência, o Sistema Civil de Proteção Italiano foi o tema da palestra ministrada pelo diretor da Proteção Civil Italiana, Giovani de Siervo, que fez uma apresentação geral do Departamento Civil de Proteção Italiano, criado devido a um grande desastre ocorrido no país, em novembro de 1980, sendo até hoje utilizado no País. “O Sistema é absurdamente complexo, não só do ponto de vista da logística, mas também devido aos números elevados de agregados”, explicou ele. Todos os ministérios italianos fazem parte do sistema, que abrange municípios, províncias e regiões. Cada departamento civil italiano possui quatro tarefas essenciais: mitigação, alerta, resposta e recuperação. Segundo Siervo, o Comitê Operacional do Sistema de Proteção Italiana é composto pelos Ministérios, Departamento Civil de Proteção, Corpo de Bombeiro, Exército, Polícia, Guarda Florestal, entre outros. “Em caso de desastres o Centro Funcional Italiano é acionado. Dessa forma, todos os atores ativos participam de vídeo-conferência em tempo real. As tomadas de decisões são simultâneas. E isso facilita a articulação dos agentes e colaboradores para agilidade das ações de assistências”, afirmou diretor. De acordo com Giovani de Siervo, os parceiros são fundamentais para a construção de uma Defesa Civil atuante e integrada, como o Banco Mundial e as empresas privadas. “Sabemos que a única forma de aprimorarmos nosso Sistema Civil de Proteção é a troca de experiências entre os países”, ressaltou Siervo.

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